O aroma do café recém coado me ajuda a despertar. Com a caneca cheia, olho através da janela e observo o mar. As ondas, com seu vai e vem cadenciado, me confirmam que tudo na vida passa.
Olho para o sofá vazio e meu coração se aperta. Vivemos muitas aventuras e, hoje, todas pertencem ao passado. Sinto uma mistura de tristeza, saudade e boas lembranças.
Tomo mais um gole do café que começa a esfriar. Na vida, nem tudo é eterno, mas se foi infinito enquanto durou, valeu a pena. Pego nossa foto na estante e sorrio.
O barulho das ondas batendo na areia me trazem de volta à realidade. Olho para a praia e é como se eu pudesse ver você correndo pela areia, cavando buracos e enterrando seus “tesouros”.
A voz da veterinária vem à minha cabeça: “você precisa estar preparada quando a hora dele chegar”. Uma lágrima escorre pelo meu rosto. Pego sua almofada preferida e me abraço a ela, na esperança de receber uma lambida.
Eu sei que, como as ondas do mar, essa dor também vai passar e, um dia, você será para mim como aquela onda na areia: uma doce e feliz lembrança.
(Texto desenvolvido para o desafio de prosa poética da Revista Villa das Palavras – seu comentário é muito importante)
Caiu uma lágrimas aqui 😢.
Simples, mas com bastante sentimentos. Parabéns.
Obrigada, Lisa
Acredite, eu vi a xícara fumegante com o delicioso líquido essencial para minha existência. Pude sentir e me enganar nas primeiras linhas tamanha dualidade das palavras. Acredito que a prosa poética não é feita apenas por palavras comuns da poesia, como também, sua cadência e sentimentos. Ótimo texto
Obrigada, Adriano! ❤️
Me emocionei!
Obrigada, Natália! ❤️
Obrigada! ❤️
Lindo demais, Rê🥰❤️ Talento puro!
Ahhhh q triste. Bonito…mas o sentimento é inevitável. Parabéns.
Obrigada, Walter!
Obrigada, Pri! ❤️
Suas letras são ricas
Trazem dor e deleite ao mesmo tempo, se é que isso é possível
A tristeza de perder alguém querido se junta a beleza lírica de suas palavras.
Lindo texto